Dikembe Mutombo, uma das lendas da National Basketball Association (NBA), morreu nesta segunda-feira (30), aos 58 anos, vítima de um câncer no cérebro. A informação foi confirmada por Adam Silver, comissário da liga. Natural do Congo, entrou na NBA em 1991, no Denver Nuggets, e teve passagens por franquias como Atlanta Hawks, Philadelphia 76ers e encerrou sua carreira em 2009, no Houston Rockets. Mutombo tratava o tumor desde 2022, na cidade de Atlanta, na Geórgia. À época, sua família pediu privacidade durante o “momento delicado” pelo qual o ex-jogador passava.
Ao longo de sua carreira, se tornou o segundo jogador com mais tocos na história da NBA, tendo sido eleito quatro vezes como o melhor defensor do ano, ao longo dos 18 anos em que esteve em quadra. Membro do Hall da Fama da NBA, Mutombo nasceu na República Democrática do Congo em 1966, como um dos um dos dez filhos de Samuel e Biamba Marie Mutombo. Ele chegou aos Estados Unidos em 1987 para estudar na Universidade de Georgetown, com uma bolsa de estudos financiada pelo Estado.
Com destaque no basquete americano universitário, Mutombo foi selecionado pelo Denver Nuggets no Draft de 1991, com a quarta escolha geral. Nos seus primeiros anos na liga, para se estabelecer como um dos principais nomes defensivos, desenvolveu a prática de fazer um sinal de negativo com o dedo após cada bloqueio. Isso fez com que Mutombo fechasse contratos de patrocínio com grandes empresas, como a Adidas.
Nos seus 18 anos na NBA, Mutombo teve média de 9,8 pontos, 10,2 rebotes e 2,8 tocos por jogo. Além dos Nuggets, defendeu o Atlanta Hawks, Philadelphia 76ers, New Jersey Nets (atual Brooklyn Nets), New York Knicks e Houston Rockets.
Fora das quadras, foi reconhecido pelos seus feitos em ações humanitárias. Em 2004, participou do programa Basquete Sem Fronteiras da NBA, quando viajou pela África para divulgar o esporte e melhorar a infraestrutura do continente. Também foi responsável por fundar a Fundação Dikembe Mutombo no Congo. Os esforços nessa área lhe renderam o Prêmio de Cidadania J. Walter Kennedy da NBA em 2001 e 2009, que é concedido pela ações de jogadores e treinadores junto à comunidade.
“Tive o privilégio de viajar pelo mundo com Dikembe e ver em primeira mão como a sua generosidade e compaixão elevaram as pessoas. Ele sempre esteve acessível nos eventos da NBA ao longo dos anos – com o seu sorriso contagiante e a sua voz profunda e estrondosa – e o movimento característico do dedo que o tornou querido pelos fãs de basquete de todas as gerações”, pontuou o comissário da NBA. “O espírito indomável de Dikembe continua naqueles que ele ajudou e inspirou ao longo de sua vida extraordinária. Sou uma das muitas pessoas cujas vidas foram tocadas pelo grande coração de Dikembe.”
*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Fernando Keller
Fonte: Jovem Pan