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Daniel Noboa toma posse como presidente do Equador

Daniel Noboa tomou posse nesta quinta-feira, 23, como novo presidente do Equador.

Por Central TO em 23/11/2023 às 16:39:58

Daniel Noboa tomou posse nesta quinta-feira, 23, como novo presidente do Equador. Ele chegou a cerimônia de posse acompanhado de sua esposa, Lavinia Valbonesi, e de seus dois filhos, enquanto sua mãe, Annabella Azín, que fez carreira política como deputada e deputada, também estava presente. O evento foi realizado na Assembleia Nacional (Parlamento), e Noboa prestou juramento perante o presidente da Assembleia, Henry Krnfle, que mais tarde lhe passou a faixa presidencial até então utilizada por Guillermo Lasso. “Está empossado como presidente”, disse o presidente do Legislativo, Henry Kronfle, no juramento de posse do milionário empresário de 35 anos, que se tornou o mais jovem presidente da história do Equador após o retorno à democracia em 1979. Noboa se classifica como centro-esquerda.

Com sua posse, o filho do magnata do setor bananeiro e cinco vezes candidato presidencial Álvaro Noboa inicia um curto mandato de apenas um ano e meio, quando completará o período 2021-2025 que Lasso interrompeu em maio ao aplicar o mecanismo constitucional conhecido como "morte cruzada". Utilizando esta ferramenta, o agora ex-presidente dissolveu a Assembleia Nacional, de maioria opositora, para realizar novas eleições gerais, nas quais não se candidatou à reeleição e que acabaram sendo vencidas por Noboa, que no segundo turno de 15 de outubro bateu Luisa González, candidata apoiada pelo ex-presidente Rafael Correa. Noboa tem pela frente desafios importantes, como a crise de insegurança, violência criminal sem precedentes e uma ‘preocupante’ situação econômica.

O presidente do Equador, Daniel Noboa, acompanhado de sua esposa, Lavinia Valbonesi Acosta, salen de la Asamblea Nacional após a cerimônia de investidura hoje, em Quito"EFE/ Júlio Estrella

A primeira medida que Noboa antecipou que tomará como presidente será declarar estado de exceção, a fim de acelerar o trâmite legislativo de dois projetos de reforma tributária e de reforma elétrica que apresentará ao Parlamento, com os quais busca lidar com os problemas de emprego e de eletricidade que herdou de seu antecessor. A ideia é assinar esses decretos hoje mesmo, quando chegar ao palácio presidencial Carondelet, localizado no centro histórico de Quito. Noboa também deverá assinar logo mais as nomeações de alguns de seus ministros, embora o novo presidente do Equador já tenha antecipado que a foto completa de seu gabinete só estará disponível no domingo. Até o momento, Noboa não revelou quem serão os ministros do Interior e da Defesa Nacional, pastas diretamente envolvidas no combate à crise de insegurança e violência do crime organizado.

A posse de Noboa contou com a presença de autoridades de outros países como o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, e o vice-presidente Geraldo Alckmin, além do ex-presidente colombiano Andrés Pastrana. O evento ocorreu sob um esquema com medidas de segurança extremas no entorno do prédio da Assembleia Nacional, que desde as primeiras horas da manhã foi vigiado por um grande contingente policial e militar, que incluía franco-atiradores nos telhados da sede do Legislativo. Nascido nos Estados Unidos e formado em renomadas universidades estrangeiras, o novo presidente é sommelier, sabe de música, tentou ser vegetariano, coleciona pimenta e é apaixonado por carros e cavalos, segundo sua assessoria de imprensa. Seu pai tentou, sem sucesso, tornar-se presidente cinco vezes. No segundo turno, em 15 de outubro, Noboa derrotou a esquerdista Luisa González, líder do ex-governador socialista Rafael Correa (2007-2017), com 52% dos votos. Mas o movimento do novo presidente – Ação Democrática Nacional (ADN) – conquistou apenas 17 das 137 cadeiras parlamentares. Na sexta-feira, Noboa aliou-se ao correísmo (principal força com 51 cadeiras e forte crítico de seu pai) e ao Partido Social Cristão (PSC, 18) de direita para criar uma maioria na hora de designar autoridades como presidente e dois vice-presidentes do Congresso.

*Com agências internacionais

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Jovem Pan

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