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Operação contra o tráfico de drogas mira grupo que movimentou R$ 50 milhões em dois anos

Um grupo que atua em diversas cidades do interior de São Paulo é alvo da Operação Torre Eiffel suspeito de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

Por Central TO em 28/11/2023 às 15:11:34
Foto: Reprodução internet

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Um grupo que atua em diversas cidades do interior de São Paulo é alvo da Operação Torre Eiffel suspeito de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. A ação foi deflagrada nesta terça-feira, 28. Segundo a PF (Polícia Federal), o grupo também atua em cidades de Minas Gerais e em Santa Catarina. As investigações apontam que a organização criminosa movimentou R$ 50 milhões em dois anos. O valor consiste em transações financeiras, mobiliárias e imobiliárias relacionadas ao tráfico de drogas utilizando contas de empresas adquiridas pelo líder do grupo bem como em contas de "laranjas" da organização criminosa na compra e venda de bens móveis e imóveis. Dentre as formas de "lavar" o dinheiro do tráfico de drogas, foram identificadas movimentações financeiras relacionadas a centros de beleza e estética, hotéis, concessionárias de revenda de veículos, empresas de mototáxis, açougue, supermercado, compra e venda de bens móveis, imóveis, entre eles uma cobertura no litoral, jet-skis, lanchas, joias, veículos de luxo e até mesmo o patrocínio de um time de futebol da região de Americana, segundo informou a PF. São cumpridos 40 mandados de busca e apreensão e 11 de prisão preventiva. Os mandados são cumpridos em nas cidades de Jales, Santa Fé do Sul, Votuporanga, São José do Rio Preto, Monte Aprazível, Rio Claro, Piracicaba, Americana, Sumaré, Santa Bárbara D'Oeste e Guarujá, estado de São Paulo; Camboriú em Santa Catarina; e Catuti em Minas Gerais.

As investigações mostram ainda a relação do líder do grupo com integrantes de facções criminosas. Entre os presos está a esposa do líder do grupo, que é advogada e acredita-se que ela utilizava a sua prerrogativa para atender aos interesses do marido e da organização criminosa principalmente relacionadas a alguns detentos vinculados ao grupo, que estão no sistema prisional paulista. Estas e outras informações serão aprofundadas com a continuidade das investigações, segundo informou a PF. No desenrolar das investigações, a Polícia Federal identificou pelo menos duas empresas suspeitas (um hotel e um centro de beleza estética) que foram adquiridas pelo líder do grupo para a lavagem de recursos provenientes do tráfico de drogas, em Santa Fé do Sul. A esposa dele figura como sócia no CNPJ dessas empresas, que tinham movimentação financeira atípica suspeita. Dois homens foram presos nesta cidade. Em Jales, as investigações demonstraram que o grupo tinha integrantes que "lavavam" os recursos financeiros ilícitos do tráfico em empresas de moto táxi e em um restaurante, além da prática de agiotagem e compra e venda de imóveis e veículos de luxo. Dois empresários foram presos. Em Votuporanga, a PF informou que apreendeu veículos em uma revenda, que mantinha movimentação financeira com outro indivíduo que foi preso na cidade de Balneário Camboriú-SC, mas que administrava de lá vários pontos de vendas de drogas no município paulista. Os presos responderão por vários crimes relacionados ao tráfico de drogas e lavagem de dinheiro com penas máximas culminadas de até 30 anos de reclusão. Os detidos serão conduzidos para unidades prisionais da região em que foram detidos.

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