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Tabata Amaral critica polarização de debate e diz que faltam vagas para tratar dependentes quĂ­micos na Cracolândia

Em entrevista ao Morning Show, da Jovem Pan News, a deputada federal classificou como complexas as discussões sobre internação compulsória e defendeu maior ação do governo no local

Por Central TO em 26/07/2023 às 11:11:03

A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) criticou a polarização sobre o debate envolvendo a Cracolândia, região do centro de São Paulo, e afirmou que o poder pĂșblico precisa ofertar mais vagas para o tratamento de dependentes quĂ­micos. As afirmações foram feitas pela deputada durante sua participação no programa Morning Show, da Jovem Pan News, desta quarta-feira, 26. Ao longo de sua participação, Tabata afirmou que esquerda e direita só encaram parte do problema por trĂĄs da Cracolândia e que, para resolver a situação, seria necessĂĄrio falar de temas que vão além da segurança, como assistĂȘncia moradia e saĂșde. "VocĂȘ vĂȘ uma parcela da direita que só encara os traficantes que estão lĂĄ. Isso é concreto. Tem traficantes lĂĄ. O que tem hoje de centro de prostituição infantil e de gente aliciando crianças para colocar silicone industrial… cadĂȘ a polĂ­cia? CadĂȘ o governo contra essas pessoas? De fato, tem um problema de segurança… mas qual é a crĂ­tica? Essa parcela da direita não enxerga os doentes que querem se internar. Quando a gente fala de uma parcela da esquerda que enxerga essas pessoas que querem se internar, elas não olham para o aspecto de segurança. Porque é isso, falar de segurança, assistĂȘncia moradia e saĂșde ao mesmo tempo dĂĄ mais trabalho. Mas são mil pessoas, a gente dĂĄ conta de separar uma coisa da outra", disse a deputada.

A parlamentar também falou sobre as discussões acerca da internação compulsória, dizendo que se trata de um tema "extremamente complexo" e que o debate também estĂĄ polarizado. "No debate da internação compulsória, que é um tema extremamente complexo no qual temos que ouvir a famĂ­lia, quando não tiver a famĂ­lia, entender o grau de consciĂȘncia da pessoa e ouvir a opinião médica. Sabe o que me frustra? Todo mundo jĂĄ escolheu seu lado. Tem mais de 40% dos usuĂĄrio que estão lĂĄ que querem tratamento e não conseguem", afirmou Tabata, que informou que a capital tem apenas 39 vagas para tratamento contĂ­nuo de dependentes quĂ­micos. Por fim, a deputada defendeu a combinação de ações que tratem da segurança do local e da saĂșde dos dependentes. ""SerĂĄ que vocĂȘ não consegue combinar as duas coisas? Vai lĂĄ contra o traficante e o cara que alicia menores, mas ao mesmo tempo vocĂȘ oferece possibilidade de internação para quem quer. A gente fala de aproximadamente mil pessoas na cena do uso de droga", finalizou.

Fonte: Jovem Pan

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