Por sentença assinada pelo Juiz titular da Vara Criminal da Comarca de Augustinópolis, Alan Ide Ribeiro da Silva, o Poder JudiciĂĄrio acolheu parcialmente a denĂșncia apresentada pelo Ministério PĂșblico no sentido de condenar um advogado, que foi investigado pela PolĂcia Civil pelos crimes de apropriação indébita, falsificação de documento pĂșblico e patrocĂnio infiel ao se apropriar de mais de R$ 500 mil de clientes na região do Bico do Papagaio.
Pelo crime de apropriação indébita, o advogado foi condenado a pena de 22 anos, 02 meses e 20 dias de reclusão, inicialmente em regime fechado. JĂĄ pelo crime de falsificação de documento pĂșblico, a pena foi de 01 ano e 02 meses de reclusão, sendo substituĂda por duas restritivas de direito.
De acordo com o Delegado Jacson Wutke, responsĂĄvel pelas investigações, à época dos fatos a PolĂcia Civil identificou 20 vĂtimas e aproximadamente 60 ações envolvendo a contestação judicial de empréstimos consignados que foram distribuĂdos pelo advogado.
No entanto, com a procedĂȘncia dos processos judiciais, o advogado, valendo-se de sua profissão, abusando da confiança e simplicidade das vĂtimas que eram pessoas humildes e sem escolaridade, passou a se apropriar parcialmente da maior parte dos valores. No caso, durante as investigações, foi possĂvel verificar uma movimentação de R$676.692,89; contudo, apenas R$172.800,00 teriam sido repassados para as vĂtimas.
À época das investigações, inclusive, o Poder JudiciĂĄrio, com parecer favorĂĄvel do Ministério PĂșblico Estadual, acolheu a representação da autoridade policial e decretou o bloqueio de bens e a suspensão do exercĂcio da advocacia, com objetivo de evitar a reiteração criminosa.