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Advogado Ă© condenado a mais de 22 anos de prisão por apropriação indĂ©bita e outros crimes no Extremo Norte do Estado

Segundo a PolĂ­cia Civil, mais de 20 pessoas teriam sido vĂ­timas das ações do advogado.

Por Rogério de Oliveira em 02/10/2023 às 13:19:52
Foto: Divulgação/DICOM SSP TO

Foto: Divulgação/DICOM SSP TO

Por sentença assinada pelo Juiz titular da Vara Criminal da Comarca de Augustinópolis, Alan Ide Ribeiro da Silva, o Poder JudiciĂĄrio acolheu parcialmente a denĂșncia apresentada pelo Ministério PĂșblico no sentido de condenar um advogado, que foi investigado pela PolĂ­cia Civil pelos crimes de apropriação indébita, falsificação de documento pĂșblico e patrocĂ­nio infiel ao se apropriar de mais de R$ 500 mil de clientes na região do Bico do Papagaio.

Pelo crime de apropriação indébita, o advogado foi condenado a pena de 22 anos, 02 meses e 20 dias de reclusão, inicialmente em regime fechado. JĂĄ pelo crime de falsificação de documento pĂșblico, a pena foi de 01 ano e 02 meses de reclusão, sendo substituĂ­da por duas restritivas de direito.

De acordo com o Delegado Jacson Wutke, responsĂĄvel pelas investigações, à época dos fatos a PolĂ­cia Civil identificou 20 vĂ­timas e aproximadamente 60 ações envolvendo a contestação judicial de empréstimos consignados que foram distribuĂ­dos pelo advogado.

No entanto, com a procedĂȘncia dos processos judiciais, o advogado, valendo-se de sua profissão, abusando da confiança e simplicidade das vĂ­timas que eram pessoas humildes e sem escolaridade, passou a se apropriar parcialmente da maior parte dos valores. No caso, durante as investigações, foi possĂ­vel verificar uma movimentação de R$676.692,89; contudo, apenas R$172.800,00 teriam sido repassados para as vĂ­timas.

À época das investigações, inclusive, o Poder JudiciĂĄrio, com parecer favorĂĄvel do Ministério PĂșblico Estadual, acolheu a representação da autoridade policial e decretou o bloqueio de bens e a suspensão do exercĂ­cio da advocacia, com objetivo de evitar a reiteração criminosa.


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