O governador de São Paulo, João Doria, venceu as prévias do PSDB e serĂĄ o candidato do partido à PresidĂȘncia da RepĂșblica nas eleições de outubro do ano que vem. O gestor paulista obteve 53,99% dos votos e venceu o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (44,66%), e o ex-senador e ex-prefeito de Manaus Arthur VirgĂlio Neto (1,35%). A votação foi retomada na manhã deste sĂĄbado, 27, após um imbróglio que se arrastou por toda a semana. Como a Jovem Pan mostrou, a campanha de Doria esperava vencer as prévias com aproximadamente 65% dos votos. O pleito foi iniciado no domingo, 21, mas foi suspenso após o aplicativo desenvolvido apresentar instabilidades. Segundo a cĂșpula da sigla, cerca de 30 mil tucanos votaram – aproximadamente 45 mil filiados estavam aptos a votar.
"O PSDB não é omisso, inova e contribui com o processo mais inovador da história de um partido polĂtico. O vencedor receberĂĄ a maior benção que um partido pode entregar: a sua confiança. Em qualquer situação, o PSDB construiu lideranças nacionais que vão nos guiar nesse processo inteiro. O maior vencedor de hoje é a democracia", disse o presidente nacional do partido, Bruno AraĂșjo, antes de anunciar o vencedor. "Os não vencedores são tão preparados para administrar o paĂs quanto o vencedor. Os não vencedores são tão importantes para a unidade quanto o vencedor. Os não vencedores são tão admirados quanto o vencedor", seguiu o dirigente partidĂĄrio. Após o anĂșncio, apoiadores de Doria presentes no auditório do PSDB passaram a gritar "Brasil para frente, João Doria presidente".
Em pronunciamento após a divulgação do resultado, o governador Eduardo Leite se disse "absolutamente realizado e feliz", acrescentando que o PSDB serĂĄ "a grande força polĂtica com capacidade para liderar o centro democrĂĄtico". "É possĂvel compatibilizar o enfrentamento aos problemas sem precisar passar por cima de ninguém. Me sinto absolutamente realizado e feliz. O PSDB é a grande força polĂtica que tem capacidade para liderar o centro democrĂĄtico para furarmos essa polarização inutil e prejudicial à população", afirmou. "É nossa missão liderar um projeto que tenha sensatez, equilĂbrio e que respeite as diferenças", acrescentou.