Relator de comissão sobre caso Dom e Bruno pede que "palanque político" seja deixado de lado

Por Central TO em 21/06/2022 às 08:39:56

O senador Nelsinho Trad (PSD-MS) defende que o “palanque político” e as eleições de outubro sejam deixados de lado pelos membros da comissão criada para investigar as mortes do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Araújo no Vale do Javari, na Amazônia. Escolhido como relator do colegiado, o parlamentar entende que os trabalhos devem focar em acompanhar as investigações. “De forma tranquila, sensata, levar aquilo que pode ser levado, uma vez que o processo corre em segredo de Justiça, ao conhecimento da sociedade. Ninguém concordou com o desfecho tráfico dessa situação, que foi o assassinato dessas duas pessoas”, iniciou o senador, durante entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News.

“Lógico que as ações dos órgãos competentes do governo precisam ser apuradas, mas isso dentro de uma sensatez, deixando de lado palanque eleitoral, a situação que o Brasil está vivendo de eleições neste ano. O que a gente quer é a verdade, a verdade sempre faz bem”, completou o político. Segundo Trad, a comissão vai acompanhar os trabalhos desenvolvidos pela Polícia Federal e pela Procuradoria-Geral da República, principalmente após a visita do procurador Augusto Aras à região. “Ele é muito colaborativo com o Congresso. Já entrei em contato com ele e estava retornando de viagem. Ele vai fazer uma audiência conosco para levar suas impressões a respeito dessa situação, o que é de grande valia por ser uma pessoa sensata e equilibrada”, acrescentou.

Questionado sobre o papel do Congresso Nacional nas investigações, o relator defendeu que é preciso inibir esses crimes e garantir que novos assassinatos como o de Dom Phillips e Bruno Araújo não aconteçam novamente. “Os motivos que levaram esses assassinos a promover essa matança a gente precisa esclarecer”, disse Nelsinho Trad, reforçando que a repercussão internacional afeta a imagem positiva do Brasil. “Qualquer assassinado, em qualquer país, de um estrangeiro gera uma repercussão internacional, temos que evitar isso, porque o Brasil tem característica pacificadora, DNA da paz e toda vez que vemos uma situação como essa aparece não é boa.”

Fonte: JOVEM PAN

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