"Ideologicamente, propósito do Hamas não é territorial", aponta cônsul-geral de Israel em SP sobre guerra em Gaza

A guerra deflagrada entre Israel e o grupo palestino Hamas entrou em seu 11º dia nesta terça-feira e já provocou mais de 1,4 mil mortes em Israel e pelo menos 2.

Por Central TO em 17/10/2023 às 13:32:37
Foto: Reprodução internet

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A guerra deflagrada entre Israel e o grupo palestino Hamas entrou em seu 11º dia nesta terça-feira e já provocou mais de 1,4 mil mortes em Israel e pelo menos 2.750 na Faixa de Gaza, onde vivem 2,4 milhões de pessoas. Desde a ordem de evacuação do norte do enclave, emitida pelas Forças de Defesa de Israel na última quinta-feira, 12, o exército israelense tem fechado o cerco na fronteira com Gaza e se prepara para uma grande incursão terrestre no território palestino. Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, o cônsul-geral de Israel em São Paulo, Rafael Erdreich, comentou sobre a escalada do conflito e a questão humanitária de civis no território palestino. O diplomata destaca que, na sua visão, as motivações dos ataques do Hamas não estão relacionadas com a demanda palestina por um Estado independente: “Ideologicamente, o propósito do Hamas não é territorial. Não estamos falando de uma conquista territorial, ou de uma criação de um Estado palestino. O Hamas não quer o bem estar do povo palestino, nunca fez alguma coisa para ajudar o povo palestino”.

“Eles [Hamas] têm a mesma ideologia do ISIS [Estado Islâmico], de matar todos os judeus (…) A tarefa de Israel agora é acabar com a capacidade do Hamas e da Jihad Islâmica, por isso temos que destruir essa organização, e os Estados Unidos estão atrás de nós nesta tarefa”, declarou. Erdreich ainda alerta que a organização, que orquestra ataques desde o dia 7 de outubro, serviria aos interesses do Irã de causar instabilidade na região: “O Hamas é um ramo das aberturas do Irã, que tem vários ramos no Oriente Médio, o Hamas, Jihad Islâmica, Hezbollah (…) Eles servem como ramos deste regime, recebem ordens deles, recebem armamentos deles e estas organizações atuam como o ISIS, com só uma ideologia, matar judeus em qualquer lugar, em Israel, na diáspora, todo mundo, e não querem o bem estar do povo palestino que está lá”.

O cônsul-geral de Israel em São Paulo ainda explicou que o número de reféns feitos pelo Hamas e divulgado nesta segunda-feira, 16, ainda não é 100% confirmado e que parte dos desaparecidos pode estar entre os sequestrados: “Nós notificamos 199 famílias que tem familiares sequestrados dentro da Faixa de Gaza, mas temos um número maior de pessoas desaparecidas. Parte deles podem estar sequestrados também em Gaza. Achamos que tem mais ou menos 300 sequestrados na Faixa de Gaza”.

Fonte: Jovem Pan

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