Mulheres e menores de idade são cerca de 50% dos mortos na guerra entre Israel e Hamas

Cada dia que passa, o número de mortos no conflito Israel-Hamas aumenta e mulheres e crianças representam cerca de 50% dessas vítimas.

Por Central TO em 19/10/2023 às 15:04:38

Cada dia que passa, o número de mortos no conflito Israel-Hamas aumenta e mulheres e crianças representam cerca de 50% dessas vítimas. Nesta quarta-feira, 19, que marca o 13º dia de conflito, chegou a 5.258 o número de mortos. Os menores de idade representam 28,98% das vítimas fatais: foram 1.524 mortos desde o dia 7 de outubro. As mulheres, por sua vez, não ficam atrás, são cerca de 19,01%: foram 1.000 mortas e os idosos, 2,2%, representando 120 das vítimas. A maioria dos mortos está concentrado na região de Gaza, que sobre com bombardeios contínuos de Israel e crise humanitária. O último balanço mostrou que são 3.785 mortos na região. Já em Israel são 1.400 e na Cisjordânia, 73. A guerra que se encaminha para a terceira semana e teve a tensão aumentada nesta semana após um ataque a um hospital em Gaza, que deixou 471 mortos. O serviço de inteligência europeu acredita que o número de vítimas seria muito menor. "Não há 200 nem 500 mortos, talvez algumas dezenas, provavelmente entre 10 e 50", disse a fonte, que pediu anonimato.

O porta-voz do Exército israelense, Jonathan Conricus, também questionou o número de 471 mortos divulgado pelo Hamas: "Onde estão todos os corpos?", perguntou. Hamas acusa Israel pelo ataque, enquanto os israelenses dizem ser culpa da Jihad Islâmica, que nega ter envolvimento na explosão. Para além dos mortos a crise humanitária também agrava da região. De acordo com o Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas (PAM), há suprimentos de alimentos na Faixa para apenas duas semanas, embora muitos deles estejam armazenados na Cidade de Gaza, de difícil acesso devido às hostilidades, enquanto os mantimentos nos mercados e feiras podem acabar antes do final desta semana. A região está sem água, eletricidade, internet ou combustível desde que Israel impôs um cerco total na região e impediu o fornecimento desses itens para a região, além de outro como alimento e medicamento.

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Cerca de 3.000 toneladas de ajuda humanitária continuam à espera que as organizações humanitárias possam entrar pela passagem de Rafah, na fronteira de Gaza com o Egito. Há expectativa que de abertura aconteça na sexta-feira, 20, segundo veículo da mídia próximo dos serviços de Inteligência egípcios. Os palestinos bloqueados na Faixa de Gaza aguardam desesperados a entrada dos caminhões. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que viajou a Israel na quarta-feira, afirmou que seu homólogo do Egito, Abdel Fatah al Sisi, aceitou a entrada de até 20 caminhões em Gaza. Este será o primeiro comboio de ajuda para a Faixa de Gaza desde 7 de outubro.

A situação em Gaza é crítica, com hospitais saturados. Pelo menos quatro pararam de funcionar na região: os centros de saúde afetados são os hospitais de Beit Hanun, Al Durra, Al Karama e o Oftalmológico Internacional da Cidade de Gaza, e o Hospital da Amizade Turco-Palestina, único centro que oferece serviços oncológicos em Gaza, parou parcialmente de funcionar por falta de combustível e eletricidade e algumas das suas seções, como o pronto-socorro, estão fora de serviço. Bairros inteiros foram destruídos e os moradores não têm água, alimentos ou energia elétrica. Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários informou que mais de 98 mil unidades residenciais, representando aproximadamente 25% do total na Faixa palestina, foram destruídas ou danificadas na atual ofensiva de Israel contra o Hamas. São: 8.840 completamente destruídas, 5.434 com danos graves, ou seja, inabitáveis e 83.750 parcialmente destruídas.

Na região funcionam instalações da ONU (organização das Nações Unidas) direcionadas para abrigas os refugiados internos que já somam mais de um milhão. Dessas, 513 mil estão alojadas em espaços da ACNUR, que já registrou a perda 14 trabalhadores que foram vítimas dos bombardeios e 32 ataques aos seus edifícios por parte das forças de defesa israelenses. "Os abrigos da ACNUR estão saturados, com fornecimentos limitados de alimentos, água potável e artigos de higiene. As condições extremas, juntamente com o trauma da guerra, começaram a alimentar tensões entre os deslocados", advertiu a organização.

Fonte: Jovem Pan

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