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Ricardo Nunes é boa pessoa, mas PSDB não vai "fechar" com bolsonarismo, diz Aníbal

Uma definição sobre o rumo do PSDB de São Paulo no pleito de 2024 pode sair na semana que vem, de acordo com o presidente do diretório municipal do partido, José Aníbal.

Por Central TO em 13/03/2024 às 13:48:50

Uma definição sobre o rumo do PSDB de São Paulo no pleito de 2024 pode sair na semana que vem, de acordo com o presidente do diretório municipal do partido, José Aníbal. Em conversa com a Jovem Pan, o ex-senador foi categórico ao afirmar que o partido não deve apoiar a reeleição do atual prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB). "Eu não tenho problema pessoal com o Ricardo Nunes, ele é uma boa pessoa, está buscando o melhor para a cidade, mas aliança dele não é do PSDB. Falo pela direção nacional do partido também", disse.

Para Aníbal, os fatores determinantes são a democracia e o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro à Nunes. "Nós queremos recuperar o protagonismo do PSDB em São Paulo. E recuperar o protagonismo é recuperar as diretrizes fundadoras. Uma questão central de quando partido foi criado é a democracia, que é absoluta. O Bolsonaro e boa parte do bolsonarismo não tem nada a ver com democracia, seja na presidência, seja com ato bárbaro de 8 de janeiro [de 2023]. E acusações de agora deixam claro que eles queriam um golpe. Como o PSDB se associa a isso? Não tem como. Estão relativizando a democracia, e democracia não se relativiza: ou você tem ou você não tem. O PSDB não vai embarcar nisso", garantiu.

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Atualmente, os tucanos em São Paulo estão divididos em três alas: os que apoiam a reeleição de Nunes, visto como sucessor natural de Bruno Covas, falecido em 2021; os que apoiam a pré-candidatura de Tabata Amaral (PSB) e os que querem um nome próprio para o pleito – o nome ventilado é o de Andrea Matarazzo, ex-ministro de FHC. Segundo Aníbal, uma definição pode sair "na semana que vem".

Enquanto isso, membros do partido que apoiam Nunes preparam um evento de apoio ao atual prefeito para o dia 19 de março. São esperadas entre 300 e 400 pessoas, incluindo membros de famílias importantes e históricas do PSDB, como Montoro e Covas e a expectativa, de acordo com Fernando Alfredo, que já foi presidente do diretório municipal da sigla e deixou a vaga em meio ao racha, é "dar um recado". "90% do partido vai estar presente", garante. "Esse evento começou das bases dos diretórios zonais, já que a direção atual não tem respeitado vontade da militância. Todos entendem que existe acordo [com Nunes] que hoje precisa ser respeitado", completa.

Na esteira do apoio a Ricardo Nunes, pelo menos 5 dos 8 vereadores do PSDB em São Paulo anunciaram que vão deixar o partido para continuarem acompanhando o prefeito. Questionado sobre a possibilidade de debandada, José Aníbal rechaçou a palavra: "Debandada é relativo. Se não, seremos uma legenda de aluguel. Já somos, aliás, em muitos lugares do estado de São Paulo", finalizou.

Novo presidente estadual

Enquanto isso, o presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, nomeou nesta quarta-feira (13) o prefeito de Santo André, Paulo Serra, como presidente do diretório estadual de São Paulo. Ele também nomeou Duarte Nogueira, vice-presidente nacional do PSDB e prefeito de Ribeirão Preto, como presidente da federação PSDB-Cidadania no Estado de SP. "Acho que com isso agora eles vão cuidar de São Paulo. Onde perdem uns, ganham outros, política é assim", disse Perillo à Jovem Pan logo após a decisão.

Na sexta-feira, a Executiva Nacional do PSDB anulou a eleição de Março Vinholi para o comando do partido no estado de São Paulo. Ele havia sido eleito na quarta-feira, mas a votação foi contestada por uma parte dos tucanos. Foi a terceira tentativa de eleição para presidente do PSDB-SP, que não conseguiu um acordo entre os grupos internos adversários.

Fonte: JOVEM PAN

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