Ministério da Saúde inclui crianças de 5 a 11 anos no plano de vacinação, mas exige autorização dos pais

Por Central TO em 05/01/2022 às 18:28:35

O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira, 5, que decidiu incluir as crianças de 5 a 11 anos no Plano Nacional de Operacionalização da Vacina contra a Covid-19 (PNO), desde que os pais autorizem a aplicação nos menores – eles deverão estar presentes no momento, ou autorizar por escrito. O ministério orientou fortemente que os pais busquem prescrição médica, embora não será exigido. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a aplicação da vacina da Pfizer no grupo no dia 16 de dezembro, mas o governo Bolsonaro resistiu a dar início à campanha de vacinação do público infantil. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, inclusive, foi quem recomendou a exigência do documento. A cobrança, no entanto, não teve respaldo da sociedade em consulta pública realizada pela pasta na última semana. Com a decisão do ministério, a imunização da faixa etária deve ser iniciada assim que as doses pediátricas do imunizante da Pfizer chegarem ao Brasil. A previsão é de que as unidades sejam distribuídas aos Estados na segunda quinzena de janeiro. “Quero garantir aos pais e mães que o Ministério da Saúde garantirá as doses, e também garantiremos que as recomendações da Anvisa sejam seguidas na ponta”, disse Queiroga.

Segundo dados apresentados durante a entrevista coletiva desta quarta, a faixa etária entre 5 e 11 anos no período da pandemia teve 243 mil crianças infectadas em 2020 e 324.505 em 2021, com uma queda nos meses finais de 2021. No total, 311 crianças com idade entre 5 e 11 anos teriam falecido por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causada pela Covid-19. Crianças com comorbidades, indígenas e quilombolas receberão as doses primeiro; na sequência, começarão a ser aplicadas nas que tem 11 anos e prosseguirão em idades decrescentes. O intervalo de aplicação será de oito semanas, segundo o Ministério, para diminuir o risco de miocardite, uma inflamação no coração que ocorre raramente como efeito adverso e que não levou a problemas graves nos estudos feitos. O Brasil tem 20,5 milhões de crianças na faixa etária, e o contrato com a Pfizer é de 20 milhões de doses pediátricas no primeiro trimestre, e igual quantidade no segundo. Em janeiro, serão 3,74 milhões, de acordo com a capacidade de entrega da farmacêutica.

Fonte: JOVEM PAN

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