Polícia Civil deflagra operação Confidere e cumpre mandados de busca e apreensão em endereços de suspeitos de participar de compra e venda de gado Furtado no Tocantins

As investigações demonstraram que várias cabeças de gado podem ter sido subtraídas e comercializadas ilegalmente pela associação criminosa.

Por Rogério de Oliveira em 17/11/2022 às 16:46:50
Foto: Divulgação/DICOM SSP TO

Foto: Divulgação/DICOM SSP TO

Com o objetivo de desarticular uma associação criminosa especializada em furto e venda de gado, no Estado do Tocantins, a Polícia Civil do Tocantins (PC-TO), por intermédio da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Agrários e Abigeato (Deleagro), deflagrou na manhã desta quinta-feira, 17, a operação Confidere.

Comandada pelo delegado-chefe da Deleagro, Thyago Bustorff, a operação foi iniciada logo nas primeiras horas da manhã de hoje, quando várias equipes da Unidade Especializada saíram às ruas das cidades de Paraíso, Pium, Chapada de Areia e também, de Goiânia, estado de Goiás, a fim de dar cumprimento a mandados de busca e apreensão em endereços pertencentes a quatro pessoas, supostamente envolvidas nos crimes de abigeato.

De acordo com o delegado Thyago Bustorff, as equipes da Deleagro passaram a investigar o caso depois que um indivíduo que trabalhava como vaqueiro em uma fazenda de Pugmil, ter sido identificado como sendo o responsável por subtrair várias cabeças de gado da propriedade em que trabalhava. "Em um primeiro momento, conseguimos identificar e apreender oitos cabeças de gado, que teriam sido furtadas da fazenda e fazer a prisão em flagrante de dois homens envolvidos no caso. No entanto, constatamos que o vaqueiro pode ter sido o responsável por subtrair mais 29 cabeças de gado que não foram recuperadas e que estão avaliadas em mais de R $116 mil reais", disse o delegado.

Após minuciosas investigações, os policiais civis da Deleagro descobriram que, em uma fazenda anterior que o homem também havia trabalhado, foram subtraídas outras 65 cabeças de gado que também teriam sido vendidas a preços muito abaixo dos normalmente praticados no mercado.

Dessa maneira, o delegado representou por mandados de busca e apreensão contra quatro investigados de fazerem parte do esquema e que são suspeitos de praticarem outros golpes em fazendas da região de Paraíso e Pium.

Como funcionava o esquema

O vaqueiro investigado se empregava em fazendas da região do vale do Araguaia e após ganhar a confiança do proprietário do local, passava a desviar o gado, que era então vendido para outros indivíduos que também pode integrar a associação criminosa. Os investigados que adquiriam o gado do vaqueiro também são investigados por aplicar uma série de golpes na compra de gado, no Tocantins, com utilização de cheques sem

Fundo e TED"s falsos para efetuar os pagamento de animais adquiridos de pessoas idôneas, além de outras estratégias criminosas que resultaram em prejuízo para as vítimas.

Mulher também investigada

Ainda de acordo com o delegado Bustorff, uma mulher que seria amante do vaqueiro também é investigada pela Polícia Civil por, supostamente, ceder a própria conta bancária que era então utilizada pelos golpes para guardar o dinheiro das vendas do gado roubado.

Assim, a operação deflagrada nesta quinta-feira, também visava identificar outras pessoas e propriedades que também foram vítimas dos golpes para assim, desarticular a associação criminosa, especializada nos crimes de abigeato, uma vez que muitos animais eram abatidos e a carne revendida para estabelecimentos comerciais da região.

A operação foi batizada de Confidere, termo que deriva do Latim e significa confiança. O delegado Thyago explica que a operação recebeu esse nome em alusão a confiança que o vaqueiro adquiria dos donos das fazendas em que trabalhava para então começar a praticar os crimes.

Segundo a autoridade policial, a operação desta quinta-feira, foi muito exitosa no sentido de reunir mais indícios probatórios da existência da associação criminosa. "Todos os elementos colhidos hoje serão juntados a investigação, que está em curso, com o objetivo de individualizar as condutas de todos os alvos, para que possamos efetuar a responsabilização criminal de todos os envolvidos", disse o delegado.

A ação contou com apoio da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO), 6ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (6ª DEIC), de Paraíso, 5ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Paraíso (5ª DRPC), 57ª Delegacia de Pium, além da Delegacia de Repressão a Crimes Agrários de Goiânia -GO.

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